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O que Fazer se Você Desconfiar que Alguém de sua Família Está Usando Drogas?

 

Autor: J. E. Murad, 12/06/98

 

 

Não dramatizar. Encarar como uma situação modificável. Discuta o assunto com seu cônjuge ou com alguém de muita confiança. Lamurias, automortificações, recriminações, trocas de acusações, agressividade e violência, não ajudam em nada: os pais não podem e não devem se separar. Ao contrário, essa hora é a hora de união. Caso os pais já não vivam mais juntos, o momento é de (re)união, até mesmo se já estiverem com outro(a) companheiro(a). (Ao redor da proposta de AE, por causa da função dos pais).

Procure certificar-se de que o fato está efetivamente comprovado, por meio de observação cuidadosa do comportamento de quem se desconfia estar usando drogas. Verificar os sinais corporais, os distúrbios de conduta e o estado de espírito.

Tenha uma conversa franca, sincera e leal com o possível usuário. Procure demonstrar paciência, amor e segurança no que diz. Nada de rótulos como "maconheiro", "marginal", "vagabundo", "drogado", etc. Nem faça ameaças de expulsão de casa ou de interná-lo em clínicas ou hospitais mentais, ou de denunciar seus companheiros. É interessante buscar um grupo de entre-ajuda.

Procure pesquisar e colher as prováveis causas que o levaram à(s) droga(s). Com quem anda? O que freqüenta? Como ocupa seu tempo? Avaliar em, e na família, sem acusações, qual a participação dessa ou daquela pessoa como facilitadora do processo. Nada de sentimentos de culpa, pois o "culpismo" imobiliza as pessoas, como também nada de envergonhar-se com uma situação de dependência química/alcoolismo em sua casa. Assumir as reuniões de ajuda mútua, mesmo sem a presença do dependente. É um dos fatores para o tratamento dele e da própria família.